Organizações lançam estudos sobre as atuais ameaças ao bioma Pantanal

A publicação aborda de maneira crítica a problemática da soja, empreendimentos hidrelétricos, os planos de construção da hidrovia e outras ameaças à integridade do Pantanal
João Inácio Wenzel*

Dia 12 de novembro é o dia do Pantanal e no dia 14 comemora-se o dia do rio Paraguai. Este é o 15º aniversário de ações e festividades organizadas pelos movimentos que lutam pela preservação do pantanal, em Cáceres, MT com mística e show cultural à beira do rio. As atividades iniciam com a limpeza do rio Paraguai, realizada em parceria com diversas organizações da sociedade civil e de instituições governamentais. Neste ano foram retirados mais de 10 caminhões de lixo.

Representantes de Organizações da sociedade civil do Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina realizaram um debate sobre as ameaças à integridade do Pantanal provocadas pelas interferências de ações humanas voltadas ao desenvolvimento econômico que destrói o equilíbrio ecológico e a biodiversidade. Dentre as principais ameaças estão as monocultura da soja, milho, algodão e cana-de-açúcar, a mineração, as hidrelétricas e a hidrovia.

Neste final de semana 120 representantes de entidades da sociedade civil, professores, produtores, polícia federal e ministério público realizam uma expedição de Cáceres ao Porto de Morrinhos e reserva Taiamã com o objetivo de se encantar com a vocação do rio Paraguai e do Pantanal, patrimônio mundial da humanidade.

“O Pantanal é parte do chamado sistema Paraguai-Paraná de zonas úmidas” que “fornecem serviços ecológicos fundamentais para a fauna, a flora e o bem estar de populações humanas”.

O Estudo foi realizado pela Fase – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional – e o texto elaborado pelo pesquisador Sergio Schlesinger, com o apoio da Ecosystem Alliance. Para acessar o texto em PED clique aqui.

 
*Secretário executivo do Formad
 

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