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Oficina em Juruena capacita agricultores e indígenas para Pagamentos de Serviços Ambientais

Cerca de 80 pessoas, entre lideranças de agricultores familiares, técnicos e indígenas estão se capacitando para entender sobre um tema que está cada vez mais próximo da agricultura familiar e comunidades tradicionais.

 ASSESSORIA – Recuperar o passivo ambiental de forma produtiva e avaliar os serviços ambientais da região. Estes são os temas da “Oficina de Capacitação sobre Monitoramento de Carbono em Sistemas Agroflorestais (SAFs) e Pagamento de Serviços Ambientais no Noroeste de Mato Grosso”, que acontece até sexta-feira (26), em Juruena.

Cerca de 80 pessoas, entre lideranças de agricultores familiares, técnicos e indígenas estão se capacitando para entender sobre um tema que está cada vez mais próximo da agricultura familiar e comunidades tradicionais. “Existe uma série de iniciativas de dentro e fora do país em relação a remuneração a conservação de florestas e nós sentimos a necessidade de capacitar estas famílias”, explica Paulo César Nunes, técnico do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

De acordo com Nunes, a região Noroeste de Mato Grosso, por conter significativas áreas de floresta em pleno arco do desmatamento e com uma diversidade biológica e cultural relevantes é foco de ações de diversos projetos e considerada prioritária para implementação de Pagamentos de Serviços Ambientais e de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD). Por conta da existência de projetos como o “Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade das Florestas do Noroeste de Mato Grosso”, executado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA-MT), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), já havia na população e entre os agricultores uma perspectiva de que isso pudesse acontecer.

“Em função de estudos e trabalhos realizados foi sentida a necessidade, não só pela ansiedade deles, mas pelos dados, que era o momento de começar a mostrar os resultados, as ferramentas de como medir o carbono e a negociação frente aos projetos de PSA que vão surgir mais pra frente”, avalia Nunes. Na região já existem cerca de 1.400 hectares de sistemas agroflorestais e outras possibilidades de desenvolvimento sustentável, como a produção de castanha-do-Brasil, seringa, palmito de pupunha cultivada que vem se consolidando. “Essa base bem referendada de recuperação de áreas e possibilidades de desenvolvimento sustentável possibilitam que os pagamentos de serviços ambientais possam vir a ser um incremento nas rendas dessas famílias”, destaca.

A oficina é uma realização conjunta do projeto “Poço de Carbono Juruena”, executado pela Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena – ADERJUR, com patrocínio do programa Petrobras Ambiental e pelo projeto “Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade das Florestas do Noroeste de Mato Grosso”.

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