Por Bruna Pinheiro / Formad
Há um mês, por maioria dos deputados de Mato Grosso, o PL 1833/23 , que reduz e até zera o limite para a aplicação de agrotóxicos em propriedades do estado, foi aprovado. Para que se torne lei e passe a vigorar, o projeto seguiu para a sanção ou veto parcial/integral do governador Mauro Mendes, o que não aconteceu até o momento. Em média, o prazo para a resposta do Executivo é de 15 dias úteis.
“Os impactos, que são graves, vão aumentar. Com esse projeto, agora [podem] pulverizar até o seu pé, se você botar o pé fora da sua casa”. Quem alerta é o professor e pesquisador da UFMT, Wanderlei Pignati, em entrevista ao portal Sumaúma desta semana. O material assinado pela jornalista Cristiane Fontes traz mais informações a respeito dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente com o uso de agrotóxicos em Mato Grosso, estado líder na produção do agronegócio e, consequentemente, na aplicação de produtos químicos.
A entrevista de Pignati vem um bom momento para reforçar sobre os perigos da sanção deste projeto em Mato Grosso. Desde que o PL 1833/23 foi aprovado, em 19 de março deste ano, uma decisão do governador Mauro Mendes é aguardada. Organizações da sociedade civil, como o Formad e o Observa-MT acompanham a tramitação, além de atuarem na articulação e mobilização pela derrubada da proposta negacionista.
“Se o governador assinar esse projeto de lei, será um ato de extrema irresponsabilidade. Em nenhum local do mundo se adota zero de distância mínima para aplicação de agrotóxicos. Isso permitiria pulverização até na beira das casas . É um absurdo!”.
Confira a entrevista completa no site da Sumaúma.
Acesse o site: https://sumauma.com/projeto-aprovado-em-mato-grosso-libera-agrotoxico-na-beira-das-casas-alerta-cientista/
Foto: Vytoria Pachione / MST-MT