Por Bruna Pinheiro/Formad
A cidade de Sinop é sede do XIX Congresso Brasileiro de Primatologia, realizado de 27 a 31 de agosto. O evento é organizado pela Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPr), com o apoio de organizações civis e instituições de ensino do Brasil e do exterior. O Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), rede composta por mais de 30 entidades socioambientais, é um dos parceiros do Congresso.
A abertura foi conduzida pelo presidente da Sociedade Brasileira de Primatologia e conselheiro do Instituto Ecótono, Gustavo Canale, que destacou a importância da realização do evento em Sinop, uma das cidades que integram o “arco do desmatamento” ao mesmo tempo em que concentra uma enorme biodiversidade. Segundo ele, a ideia da organização foi justamente trazer para Mato Grosso estudantes e pesquisadores de primatas de todo o país.
“Trouxemos pesquisadores para uma das regiões que mais precisam deles. Queremos chamar a atenção para o maior número de primatas que pode ser encontrado aqui em Sinop, que é também um local de encontro da Amazônia com o Cerrado, ou seja, um lugar de imensa biodiversidade e que precisa ser mais conhecido”, diz Canale.
Além da preservação de primatas para o equilíbrio ecológico, o ativismo ambiental também é destaque do Congresso. Pesquisador do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (CONICET) da Argentina, Martin Kowalewski, que ministrou a palestra de abertura, salientou que apesar de difícil, a luta ambiental é necessária. “Temos que eleger uma luta e brigar até o final.”
O XIX Congresso Brasileiro de Primatologia segue com programação até a quarta-feira (31), com palestras, mesas redondas, simpósios e apresentações de trabalhos científicos. Entre as atividades previstas está a divulgação da lista atualizada dos 25 primatas mais ameaçados do mundo, incluindo algumas das espécies encontradas em Mato Grosso.
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