Grupo de indígenas pretende vir a Cuiabá

Cansados de esperar por uma resposta 72 indígenas que participavam de manifestação no Noroeste do Mato Grosso, bloqueando a rodovia MT-170, na altura da ponte entre Juína e Brasnorte esperam seguir viagem até Cuiabá para pressionarem as autoridades pelo atendimento de sua pauta de reivindicações.

Cansados de esperar por uma resposta 72 indígenas que participavam de manifestação no Noroeste do Mato Grosso, bloqueando a rodovia MT-170, na altura da ponte entre Juína e Brasnorte esperam seguir viagem até Cuiabá para pressionarem as autoridades pelo atendimento de sua pauta de reivindicações. Enquanto isso, outro grupo mantém a paralisação da ponte.
Segundo o indígena da etnia Irantxe, João Osvaldo Kanunxy, o motivo do deslocamento do grupo é facilitar a comunicação com as autoridades, que estava bastante difícil. “Não significa que desistimos, mas temos que ir para frente que é para sermos atendidos. Nós conversamos com os representantes dos outros povos e decidimos fazer assim”.

O grupo que está em Brasnorte é formado na sua maioria por indígenas Myky e Irantxe.
Os problemas listados na pauta de reivindicações afetam os povos que participam da manifestação de forma diferente. No entanto, um tema é comum a todos: o atraso de repasse de verbas da FUNASA.

Kanunxy, que é agente indígena de saúde na sua aldeia afirma que além da questão de falta de repasses para o atendimento da saúde indígena atingir outros povos em Mato Grosso, a situação de atendimento nunca esteve tão comprometida. “Estamos muito preocupados, pois não vemos resposta. Os profissionais estão sem salários, os fornecedores sem receber e o atendimento prejudicado por esses problemas”.

Ainda segundo Kanunxy o grupo deve seguir viagem assim que consiga providenciar meio de transporte para todos. “Vamos tentar conseguir um ou dois ônibus. Quanto mais rápido resolvermos o problema é melhor para todo mundo”.

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