O monitor do Projeto Proteger, Adalto Paula de Freitas, ao voltar de uma visita de intercâmbio de agricultores, teve uma surpresa: o sítio onde mora teve toda a reserva queimada. Além dele, mais 10 sítios do Projeto de Assentamento Mercedes I e II, no município de Tabaporã, foram queimados. Em alguns desses sítios o incêndio queimou casas e plantações.
Adalto, presidente da Associação de Agricultores Nova Esperança, tem ajudado a comunidade, através do Proteger, a aprender a fazer queimada controlada, evitando incêndios.
O causador do incêndio, Leomar Wollmeister, nunca participou dos Puxiruns Ambientais, onde a comunidade aprende a fazer queimada controlada e técnicas de produção sem fogo. Grande parte dos moradores assinou o acordo de queimadas, onde as normas de queimada segura são descritas pela própria comunidade.
Os monitores Argeu Medeiros e Jonas Andrade, representantes da Associação Califórnia, no município de Vera, também tiveram seus lotes queimados. O assentado causador do incêndio, conhecido por Norberto, nunca participou de cursos do Proteger. Além dos lotes dos agricultores foi queimada também a área de reserva da Associação, onde seriam localizadas caixas de abelhas coletivas da comunidade.
Apesar da seca severa e dos incêndios recentes, o período apresentou uma redução no número de queimadas em relação aos anos anteriores. As associações dos assentamentos e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde, através do Projeto Proteger irão tomar providências acionando os órgãos governamentais para punição dos responsáveis.
Augusto Pereira