Fronteiras agropecuária, madeireira e mineral na vegetação natural; tipologia da ocupação territorial e diversidade sociocultural são alguns dos temas do Mapa Integrado dos Zoneamentos Ecológico-Econômicos dos Estados da Amazônia Legal. Todos estão sendo distribuídos pelo Ministério do Meio Ambiente e poderão ser acessados na página do IBGE ou clicando aqui.
Por meio dos mapas temáticos, é possível visualizar a distribuição espacial de várias atividades humanas que impactam o ambiente amazônico, como o desmatamento, a mineração, a pecuária e as lavouras. A proposta é que sirvam de instrumentos para a avaliação dos impactos dessas ações, notadamente a pecuária extensiva e a lavoura da soja, no bioma amazônico, bem como das intervenções em larga escala das obras de infra-estrutura previstas e da ocupação desordenada do solo.
Temas como o da diversidade sociocultural permitem também uma visão conjunta das diversas identidades culturais que compõem a Amazônia contemporânea com forte presença nordestina, de migrantes do Sul e do Sudeste e de migrantes da própria região.
Apesar de certa defasagem, já que o ano base das informações é 2003, os mapas trazem novidades como o fato de Rondônia ser o estado com maior percentual de área desmatada em relação ao território (28,50%). Mas em termos absolutos, a maior área de vegetação devastada está no Pará, predominantemente ao longo de rodovias federais como a Transamazônica (BR-230) e a BR-163, além da PA-150 (estadual)
Já no que se refere a Mato Grosso, os mapas mostram que as grandes áreas de desmatamento estão ao longo das rodovias BR-364, BR-163 e MT-158, relacionadas ao avanço da agropecuária e, em menor proporção, ao garimpo de ouro. A produção de grãos também se expande no Tocantins, Maranhão, sul e norte do Pará e algumas cidades do Amazonas, de Roraima e Rondônia.