Assessoria com redação – O Núcleo Ambiental da Assembléia Legislativa esteve reunido com representantes de órgãos e entidades para discutir as mensagens 02 (dispõe sobre a política estadual de gestão do Pantanal de Mato Grosso) e 03 (que dispõe sobre o limite da área alagável do Pantanal) do governo do estado. Na reunião desta terça-feira (17) ficou averbado que os membros do Grupo de Trabalho do Pantanal (GTP) vai programar um encontro itinerante em cada um dos municípios que fazem parte da bacia pantaneira mato-grossense para colher subsídios para os ajustes das mensagens do Executivo.
“Não temos prazo necessário para inserir o contexto na mensagem, temos sim, que levar ao conhecimento do público o que estamos colhendo de subsídios no sentido de aperfeiçoar o projeto”, justificou o consultor da Assembléia e membro do GTP, Paulo Moura.
Durante a reunião, vários pontos foram debatidos entre os participantes e a gerente de política do Pantanal da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Gabriela Rocha Priante, lembra que o GTP precisa discutir as regras e normas para a área alagável do Pantanal. Em sua opinião, mesmo sendo discutidos já por sete meses, o projeto ainda necessita de ajustes.
“A participação da população é muito importante para chegarmos ao ponto ideal, pois falar do Pantanal requer cuidados e precisamos ter o máximo de sugestões possíveis”, disse Priante.
De acordo com a responsável pelo Núcleo Ambiental da Assembléia Legislativa, Gina Valmórbida, a Casa é um instrumento que dá visibilidade para a sociedade em cada assunto discutido, por isso, ela propôs um debate itinerante nos municípios que fazem parte da bacia pantaneira.
“Todos os participantes envolvidos precisam fazer parte da discussão, porque entendo que, é um material considerado de apoio para o GTP na formatação final do projeto”, explicou Gina.
Na avaliação do representante dos pantaneiros do município de Cáceres, Celso Silva, os moradores do pantanal estão sendo lesados com as altas taxas de impostos cobradas pelo Governo. Silva destaca que as pessoas que permaneceram no pantanal saíram perdendo por causa desse problema. “Há uma disparidade e diferenciamento nesses impostos, porque quando há enchentes não temos onde colocar o gado e com isso saímos perdendo”, ressalta ele.
Muitos desses assuntos foram discutidos na reunião desta terça-feira (17), que contou ainda com as presenças do presidente da Federação dos Pescadores, Lindembergue Lima, Amanda Fernandes (representante da Rede Mato-grossense de Educação Ambiental – Remtea), Waldir Bertúlio (UFMT), André Alves (representante do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento – FORMAD), Alessandra Panizi (OAB-MT, Nuno Silva (Ibama) e, o vice-prefeito de Poconé, Teco de Arlindo (DEM).
Esses debates vão continuar e o GTP deve realizar reunião semanal para discutir os subsídios que aperfeiçoarão as mensagens do Executivo.