TV Centro América – Um grupo de pesquisadores de Brasília busca no cerrado uma fonte de remédios para tratar doenças como leishmaniose e dengue. Eles acreditam que este bioma, que tem mais de 10 mil espécies vegetais, ainda é pouco explorado como matéria-prima de medicamentos.
A professora Laila Darvenne, do curso de Farmácia da Universidade de Brasília, coordena uma equipe que vai a campo pesquisar o potencial de cura do cerrado. Ela afirma que o homem ainda tem muito para aprender sobre saúde com as plantas. “A planta está produzindo aquela substância na casca para poder se defender contra parasitas e fungos que têm no solo. E nós aproveitamos dessas substâncias químicas para fazer os nossos medicamentos”, explica Darvenne.
Depois de coletadas, as plantas são identificadas e trituradas. A substância fica de molho por algumas semanas e o extrato filtrado é colocado em um aparelho chamado evaporador rotativo. Em seguida a substância está pronta para os testes em laboratório. Depois dos testes, o próximo passo é testar as substâncias que deram bons resultados em animais. Camundongos auxiliam os pesquisadores a saber se essas substâncias são ou não eficazes e seguras para o consumo humano.
A equipe estuda a eficácia desses extratos no combate a doenças tropicais. Os pesquisadores já trabalham para desenvolver uma substância que seja capaz de matar a larva e o mosquito transmissor da dengue. O laboratório da Universidade tem mais de mil extratos catalogados. Cada um esconde um potencial para curar doenças como malária, leishmaniose e até o mal de Chagas, tudo a partir do cerrado.