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Povos da floresta discutem comercialização de produtos florestais não-madeireiros

No Noroeste de Mato Grosso acontece uma revolução silenciosa para a conservação da floresta e de seus povos

O manejo e a comercialização de produtos florestais não-madeireiros, como a castanha-do-Brasil, o óleo de copaíba e o látex, entre outros, fazem parte da realidade de povos indígenas, grupos tradicionais e assentados do noroeste de Mato Grosso. Esta realidade está se constituindo numa alternativa de geração de renda pautada na valorização da floresta em pé.

Para desenvolver uma estratégia de manejo e comercialização desses produtos como ferramenta para o desenvolvimento sustentável e conservação da biodiversidade, acontece entre 27 e 31 de agosto, na Aldeia Rikbaktsa Barranco Vermelho, em Juína, o seminário “Intercambio de experiências e planejamento ações com manejo e comercialização de Produtos Florestais Não-Madeireiros”. Promovido pela Associação do Povo Indígena Rikbaktsa – Asirik; Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aripuanã; Associação do Povo Indígena Zoró – APIZ e um projeto do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD a expectativa do evento é reunir um grupo de cerca de 270 pessoas que discutam os principais entraves a comercialização e em como resolvê-los.

Para alcançar este objetivo, serão realizados dias de campo sobre boas práticas no manejo de copaíba, látex e castanha-do-Brasil, com instrutores da Reserva Extrativista Chico Mendes, do Acre, Michelin do Brasil, Instituto Ouro Verde e consultores de projetos.

Durante o seminário, haverá a discussão sobre conservação e manejo em eixos temáticos: Castanha-do-Brasil; Látex, Óleo de Copaíba e Assistência técnica ao manejo florestal comunitário, a implementação de sistemas agroflorestais em áreas desmatadas e ações de educação para a conservação e gestão de recursos hídricos e Perspectivas com o Manejo Florestal Comunitário em Terras Indígenas.

O evento faz parte do Programa Integrado da Castanha – PIC, que desde 2003 apóia várias associações indígenas, de agricultores familiares e de seringueiros no fortalecimento de suas formas de organização social e atividades extrativistas. A estruturação da cadeia produtiva da castanha-do-Brasil, por exemplo, atualmente atinge uma produção anual de 200 toneladas, beneficiando uma população de 2.200 pessoas e ajudando a proteger uma área de aproximadamente um milhão de hectares.

Seminário Intercambio de experiências e planejamento ações com manejo e comercialização PFNM

Local: Terra Indígena Erikptsa – Aldeia Barranco Vermelho
Data: 27 a 31 de Agosto de 2007.
Realização: Projeto PNUD BRA/00/G 31; Associação do povo indígena Rikbaktsa – Asirik; Sindicato dos trabalhadores rurais de Aripuanã; Associação do povo indígena Zoró; APIZ
Apoio:
Programa Petrobras Ambiental ; Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA – Programa de promoção de igualdade, raça, gênero e etnia – PPIGRE; Fundação Nacional do Índio – FUNAI

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