Articulação nasce para definir estratégias de ação para a região

Dada a importância de se discutir alternativas e soluções ecônomicas, sociais e ambientais para a região, a Articulação Xingu-Araguaia – AXA nasceu em encontro realizado em São Félix, nos dias 10 e 11 de outubro. As entidades que compõem inicialmente a AXA são a Comissão Pastoral da Terra Araguaia (CPT), a Associação Terra Viva de Agricultura Alternativa e Educação Ambiental (ATV), a Associação Nossa Senhora da Assunção (ANSA), o Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (FORMAD), o Instituto SocioAmbiental (ISA) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

De acordo com Carlos Garcia Paret, assessor de fortalecimento institucional da ANSA, as entidades sentiram “a necessidade de juntar forças para transformar as causas particulares em  ações mais coordenadas”. Com a criação da AXA, as entidades participantes deverão fazer uma análise conjunta da realidade local, visando subsidiar a elaboração de estratégias de ação.

O primeiro passo já foi dado com a criação do blog da articulação http://xingu-araguaia.blogspot.com , além de outras ferramentas que visam a melhor interatividade entre as entidades. A próxima reunião da Articulação Xingu-Araguaia acontecerá em Canarana, nos dias 01 e 02 de dezembro. “Juntos podemos aumentar o impacto de nossas ações e ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas beneficiárias”, ressaltou Abílio Vinícius, engenheiro agrônomo da ANSA.

O modelo econômico da região do Baixo Araguaia, como acontece em outras áreas da Amazônia Legal, se baseia na grande produção extensiva, como agropecuária, soja, algodão, cana-de-açúcar e, mais recentemente, oleaginosas para biocombustíveis, destinadas ao mercado externo. Ao mesmo tempo, a procura local de alimentos é atendida pela produção vinda de centros econômicos fora da região, muitas vezes de até mil km de distância. A expansão da fronteira agrícola, o desmatamento e as queimadas somam-se como problemas a serem enfrentados de forma mais propositiva. A falta de políticas públicas e outros incentivos para os agricultores familiares e assentados implica que, de cada 10 pessoas da região, 6 vivem com um salário mínimo ou menos. A renda anual per capita é de R$ 6.702,00, abaixo da média nacional de R$ 9.729,00.

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