ASSESSORIA – Entidades que compõem o Fórum Matogrossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) definiram em Assembleia Geral que vão atuar politicamente, este ano, com foco em três eixos prioritários: terra e modelo de desenvolvimento; grandes projetos e legislação ambiental; e diversidade cultural e gênero. A Assembleia Geral – 2011 foi realizada dias 15 e 16 de março na sede da Operação Amazônia Nativa (Opan), em Cuiabá, com a participação de 16 entidades da Capital e do interior de Mato Grosso. O Formad foi criado em 1991, quando entidades ambientais, movimentos sociais e sindicatos do Estado se articularam para discutir os problemas ambientais, com o propósito de se capacitarem para o debate político na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), realizada entre 3 e 14 de junho de 1992 no Rio de Janeiro. O evento ficou conhecido como ECO-92 ou RIO-92 e mobilizou o país e o mundo em torno dessa pauta. São signatárias do Formad 33 entidades. Na Assembleia, o Formad também elegeu sua coordenação para o período de 2011/2013: Opan, Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Centro Burnier Fé e Justiça, Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional ( FASE), Instituto Centro de Vida (ICV) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais Rurais de Lucas do Rio Verde. As entidades presentes aprovaram a contratação de um coordenador geral do Fórum e de um jornalista, para dar visibilidade às reflexões, atividades e intervenções do Formad junto à sociedade. Para movimentar a agenda em comum, foi tirada na Assembleia Geral que será organizado um conjunto de ações, entre elas um seminário ainda sem data definida, sobre o Código Florestal, já que a matéria tramita no Congresso Nacional e deve ser votada em questão de meses. Outros debates já previstos serão sobre mudanças climáticas e REDD. Conforme o sociólogo Inácio Werner, um dos coordenadores do Formad pelo Centro Burnier Fé e Justiça, o primeiro eixo da agenda em comum denota a preocupação deste Fórum com a disputa desigual entre a agricultura familiar e o agronegócio, com o uso de agrotóxicos, com a concentração de terra e o agrocombustível. Aprovando o eixo 2, ainda conforme Werner, o Formad se dispõe a se debruçar sobre a problemática das grandes obras, como as usinas hidroelétricas, outros grandes empreendimentos impactantes, o ordenamento territorial de Mato Grosso e as mudanças climáticas. Quanto à diversidade cultural e gênero, terceiro eixo aprovado, Werner destaca que é preciso lançar um olhar sobre as populações tradicionais e indígenas, as questões da mulher e outras coletividades vítimas de discriminação e outros dramas sociais. Em sua agenda comum, o Formad buscou açambarcar uma complexidade de temas ambientais de relevância, preocupantes, uma vez que o senso comum ainda está domesticado a pensar a vida sob o ponto de vista da produção em série com o objetivo do lucro imediato. Em detrimento da sobrevivência do planeta e de toda forma de vida. Keka Werneck, da Assessoria de Imprensa do Centro Burnier Fé e Justiça