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Cáceres reúne entidades agroecológicas de Mato Grosso

A Rede de Informações Agroecologicas da Amazônia (RIAA), promoveu o primeiro de cinco encontros para consolidação da rede

Protásio de Morais / Estação Vida – O avanço do setor agrícola na região norte do Brasil e a preocupação ecológica na Amazônia vêm sendo motivo de discussão e planejamento de ONGs, produtores rurais e governo. A partir da necessidade de se organizar, um grupo formado por cooperativas e associações, organizações não governamentais, instituições de pesquisa, rádios comunitárias e famílias agrícolas, entre outros atores que trabalham na construção da agroecologia da região amazônica participou do primeiro Seminário-Oficina da Rede de Informações Agroecologicas da Amazônia (RIAA).

O encontro aconteceu na cidade de Cáceres, Mato Grosso, de 23 a 25 de outubro na Chácara Santa Rosa, à margem do rio Paraguai.O primeiro dia foi voltado para o seminário em que foram apresentados resultados do diagnóstico realizado no ano de 2005, junto a mais de 60 organizações situadas na Amazônia e que atuam na área da agroecologia. Com intenção de mapear os sistemas de comunicação, a pesquisa que gerou o diagnostico apresentado no primeiro dia do encontro também se preocupou em analisar áreas de atuação, temáticas de trabalho e expectativas em relação a RIAA. “A participação no seminário foi intensa e mostrou que as pessoas envolvidas têm vontade de participar, trocar idéias e contribuir. Este é princípio do pensamento em rede”, diz Alfons Klausmeyer, facilitador do seminário.

Pode-se observar que a grande preocupação com as redes de informação deve ser precedida de um controle seletivo do que se noticia, uma vez que o volume de informações passa a ser um problema quando não segue um método ou quando é observada a qualidade das fontes das quais originam-se. Pensando nisso, o segundo dia do encontro foi todo dedicado às oficinas de comunicação (rádio, Impresso e internet), que propiciaram a democratização e a construção da comunicação na região amazônica, de forma a incluir produtores rurais familiares, agentes de organizações não governamentais, entidades representativas de agricultores e movimentos sociais.

As oficinas foram criadas para gerar espaços de diálogos voltados para agroecologia que respeitassem os processos de comunicação já existentes e que fossem capazes de potencializar estas iniciativas, tirando-as do isolamento, dando maior visibilidade e alcance. “Este é um momento histórico, o pontapé inicial da RIAA. Cada vez mais eu vejo que o pensamento em rede é algo em construção, que fica mais clara a medida que se discute e difunde a idéia”, diz Daniela de Oliveira Danieli, animadora do primeiro encontro do RIAA.

O próximo encontro da Rede de Informações Agroecologicas da Amazônia acontece ainda este ano, de 27 a 29 de novembro, em Belém do Pará. Em 2007 as cidades que abrigaram os grupos de discussão da rede são Rio Branco no Acre, Marabá, no Pará e Imperatriz, no Maranhão.

Em breve, o RIAA ganha uma página na internet (www.riaa.org.br), onde será possível encontrar notícias ligadas a produção rural familiar, programas de rádio, vídeos, publicações e documentos ligados a questões ambientais e agrárias na região amazônica.

Para outras informações sobre o encontro de Cáceres, acesse o blogue criado pelos participantes: www.riaamt.blogspot.com

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