De acordo com o articulado estadual do movimento, Inácio José Werner, o povo precisa ter o direito de convocar plebiscitos populares para decidir sobre questões importantes para o Brasil, inclusive, o de destituir os políticos eleitos que deixaram de cumprirem o que prometeram em campanha. As assinaturas serão recolhidas até março de 2007.
Por isso, a mobilização na praça para chamar a atenção da população para que se organize em grupos e discuta as propostas de mudanças do sistema político do país, como vem sendo feito pela Assembléia Popular – Mutirão por um novo Brasil.
Este ano, o tema do 12º Grito é “Na força da indignação, sementes de transformação”. O objetivo é denunciar as formas de exclusão e as causas que levam a população brasileira a viver em condições de vida precárias e, muitas vezes, sem perspectivas de futuro.
O Grito dos Excluídos surgiu em 1995 com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O movimento inclui pastorais sociais, igrejas, movimentos populares e sociais. As atividades ocorrem durante sete dias, período denominado como Semana da Cidadania, quando também ocorrem assembléias populares em igrejas católicas de bairros de Cuiabá e Várzea Grande.
O encerramento do movimento ocorre no desfile cívico de 7 de Setembro (quinta-feira) na avenida Getúlio Vargas. Como acontece todos os anos, os participantes do Grito dos Excluídos e Excluídas são os últimos a passar pela avenida carregando bandeiras, faixas e cartazes que expressam as insatisfações contra os setores dominantes do país.
Mais de 1.500 pessoas devem participar do desfile do Grito dos Excluídos. A concentração para o desfile vai ser na Praça da República, em Cuiabá, às 7 horas.
Diário de Cuiabá
Joanice de Deus
Da Reportagem