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2014: Ano Internacional da Agricultura Familiar

A Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura definiu o ano de 2014 como Ano Internacional da Agricultura Familiar.

O artigo foi enviado por Solange Pereira da Silva dia 28 de julho de 2014.

III Encontro de Agroecologia

Neste dia 28 de julho, Dia do Agricultor, e no Ano Internacional da Agricultura Familiar, homenageio agricultores e agricultoras que lavram a terra e com o suor do seu trabalho sustentam a sua família, nos garantem grande variedade de frutas, verduras, tubérculos, legumes e cereais.

A agricultura familiar é herdeira de saberes ancestrais a respeito de técnicas de seleção de espécies, de preparação da terra, de semeadura, e plantio das espécies selecionadas, de colheita e de armazenamento. Salvaguardam com zelo e responsabilidade o maior patrimônio da humanidade, as sementes, as matrizes que garantem o alimento. A agricultura natural sabe que a melhor maneira de armazenar as sementes é plantando e distribuindo os seus frutos.

Agricultoras do Brasil e do Mundo têm lutado para garantir as condições para continuar exercendo o seu ofício sagrado de produzir alimentos saudáveis, alimentar a humanidade, respeitando a natureza, garantindo o ciclo da vida.

A agricultura familiar camponesa de base agroecológica se baseia na concepção do desenvolvimento criativo e coletivo de uma ética agregadora de princípios, valores, sentidos, da função sociocultural da terra, da agricultura como atividade de interação entre a humanidade e o planeta terra. Refere-se às formas de ocupação e uso da terra, técnicas de produção, organização social do trabalho, nas relações sociais, no padrão e na qualidade do consumo.

Assim compreendida a agricultura familiar favorece os laços de reciprocidade e os apoios mútuos, afirmando que o verdadeiro desenvolvimento se realiza por meio do trabalho colaborativo entre as famílias camponesas. Tem por finalidade a justiça social e considera que para alcançar estes intentos é fundamental a democratização da terra e das condições de acesso ao trabalho e à renda.

O reconhecimento dos governos e da sociedade sobre o exercício da agricultura familiar necessita se expressar na disponibilização proporcional dos recursos financeiros, dos incentivos fiscais e da disponibilização dos institutos de pesquisa e assessoria técnica para as diferentes atividades agrícolas no País.

O III Encontro Nacional de Agroecologia (III ENA), realizado em maio deste ano, em Juazeiro da Bahia, pela Associação Nacional de Agroecologia evidenciou a extensa e sólida rede de saberes e de solidariedade. Cuidar da Terra, Alimentar a Saúde e Cultivar o Futuro, este é o lema do III ENA.

Lá estavam presentes diversas culturas de diferentes regiões e gerações, compartilhando dois valiosos patrimônios herdados: os saberes e as sementes. Ao expor as suas atividades práticas do presente, estas pessoas mostraram que honram o seu passado e que abrem trieiros de esperança para a humanidade e para o Planeta.

Por isso, minha sincera gratidão às pessoas que praticam, às que apoiam e às que divulgam a agricultura agroecológica.

Salve o Dia do Agricultor, neste Ano Internacional da Agricultura Familiar.

Postado dia 30/07/2014

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