Questões ambientais brotam como mato aqui no Estado. Crimes contra a natureza são rotina. O desmatamento, a expansão das usinas hidrelétricas, as afrontas à floresta amazônica, ao pantanal e ao cerrado, o uso excessivo de agrotóxicos, formas agressivas de plantio, o desrespeito às reservas indígenas, as queimadas, o lixo, a poluição dos rios, do subsolo e do ar, a negligência com os povos originários e a miséria no campo e na cidade, um zoneamento ambiental talhado na irregularidade conforme decisão judicial. É muito assunto sério! Um grupo de socioambientalistas ligados a esses temas está articulado para representar Mato Grosso na Rio + 20 e na Cúpula dos Povos.
Essa comissão de Mato Grosso irá elaborar uma carta coletiva: A economia que temos e que queremos em Mato Grosso. Essa carta será encaminhada à Rio + 20 e à Cúpula dos Povos. Lideranças mundiais voltam a se encontrar, entre 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro na Rio + 20, duas décadas após a Rio-92. Trata-se da Reunião da Comissão Nacional da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
A Rio + 20 será um evento de caráter governamental.
Paralelamente, a sociedade civil organizada de diversos países também estará reunida na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, para tratar das questões ainda pendentes desde a Rio-92 e outras questões que surgiram desde então. Foi na Rio-92 que a pauta ambiental uniu pela primeira vez os povos do mundo. Nesse período, surgiu a maioria das entidades e ONGs ambientais, interessadas em dar um socorro ao planeta terra, extremamente explorado nesse sistema capitalista. Sobre a exploração do planeta, é interessante assistir ao vídeo, que se chama “A História das Coisas”. É uma animação conhecida no mundo todo.
Aqui em Mato Grosso, haverá ciclos de debates para que a sociedade discuta sobre o tema. No dia 21 de março, está agendado para as 8 horas um debate que vai durante todo o dia, no auditório da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) também está agendando outro debate para o final de abril, que será realizado provavelmente na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). A Comissão Pastoral da Terra (CPT) também realizará um debate a princípio no dia 27 de maio e provavelmente também será realizado na UFMT. Antes disso, no dia 4 de maio, o Centro Burnier Ivo Poleto, para discutir sobre a proposta de capitalismo verde ou de uma economia verde. Será que isso resolve o problema? Às 19 horas, no salão da Paróquia Nossa Senhora do Rosário. Entrada aberta.
Mais informações no site da Rio + 20, da Cúpula dos Povos. FONTE: Keka Werneck, da Assessoria de Imprensa – CBFJ