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Pedro Taques se posiciona sobre propostas das organizações socioambientais de Mato Grosso

O governador eleito defende a participação popular e o controle social de políticas públicas, mas é evasivo em relação aos temas mais polêmicos.
Mel Mendes/Formad
 

O novo governador eleito de Mato Grosso, Pedro Taques (PDT), enviou ao Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad) uma carta, na qual se compromete com diversas pautas das organizações socioambientais e de direitos humanos do estado. A carta é uma resposta ao documento Agenda Mato Grosso Democrático e Sustentável: eleições 2014, que contém 72 propostas para o fortalecimento da política ambiental e de direitos humanos em Mato Grosso.

Taques se baseia nas propostas do documento para comentar sobre os projetos de construção de grandes e pequenas usinas hidrelétricas na bacia do rio Paraguai, a regulamentação e fiscalização do uso de agrotóxicos no estado, agricultura familiar e agroecologia, educação no campo, escolas indígenas, conflitos agrários entre outros temas. O governador eleito demonstra especial “entusiasmo” com as propostas relacionadas à participação popular e controle social de políticas públicas.

“Manifesto minha adesão a essa ideias, e a minha expectativa de que possamos contar com a sua parceria permanente para ajudar a desenvolver uma política estadual  que assegure o desenvolvimento social com preservação ambiental e proteção de nossa gente mato-grossense”,  afirma trecho da carta.

Para o membro da coordenação do Formad, João Andrade, a resposta do novo governador é positiva, pois demonstra interesse em analisar os pontos levantados pelas entidades e disposição em dialogar. “Ainda que para algumas questões as respostas tenham sido contrárias [ao entendimento das organizações], ou mesmo genéricas, houve uma abertura importante para o diálogo”, afirma  “Se existe a possibilidade de diálogo vemos isto como muito positivo, pois representa um avanço em relação ao governo atual. Mas isto não quer dizer que as reivindicações e propostas do documento serão engavetadas, pelo contrário, queremos apresentar os motivos e as bases técnicas que nos fazem pleiteá-las”, conclui João.

Veja a carta na íntegra aqui: (366393089) Carta taques 1

 

MT Sustentável

O documento que deu base à carta de Pedro Taques, foi elaborado por 36 entidades ligadas ao Formad e ao Fórum de Direitos Humanos e da Terra (FDHT). Lançado em agosto desse ano, faz parte de uma campanha maior, que visa democratizar o debate sobre os temas socioambientais e de direitos humanos, sensibilizar os governantes e a sociedade em geral sobre estas pautas e incentivar a participação popular na elaboração e fiscalização de políticas públicas no Mato Grosso.

Durante o período eleitoral, as organizações enviaram as propostas para os comitês e solicitaram reuniões com os candidatos ao governo do estado. A intenção era que as propostas fossem discutidas, analisadas e incorporadas aos planos de governo. À época, somente o candidato Lúdio Cabral (PT) recebeu a comissão formada por representantes das organizações socioambientais (veja mais aqui).

Para que o debate fosse ampliado, as organizações lançaram ainda em agosto uma plataforma digital (www.mtsustentavel.org.br), onde a população podia ter acesso às propostas, interagir com os organizadores e manifestar sua opinião sobre a prioridade dos temas para o estado através da atribuição de notas de 0 a 10.

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