22/09/2006
Local: Cuiabá – MT
Fonte: Gazeta de Cuiabá
Link: http://www.gazetadigital.com.br/
Oito mil e quinhentos metros cúbicos de madeira cerrada e em tora já foram apreendidas, em cerca de 20 dias, com a Operação Guariba Roosevelt, no noroeste de Mato Grosso. A operação tem como meta atender o plano de prevenção e controle do desmatamento da Amazônia, feito pelo governo federal.
Desde o início do mês, cerca de 40 soldados do Exército estão no distrito de Guariba, no município de Colniza (1.065 km de Cuiabá). A ação é desenvolvida em parceria com o Exército Brasileiro, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a superintendência da Polícia Federal de Cuiabá.
Coordenador da base operativa do Ibama em Aripuanã (1.002 km de Cuiabá), Alberto Paraguassu, afirma que além das madeiras apreendidas, há também muito maquinário, caminhões tipo “Julieta”, tratores de esteira, entre outros. “Já autuamos muitos infratores e apreendemos vários instrumentos. Na base de Aripuanã, por exemplo, há muitos caminhões que transportavam madeira sem a Guia Florestal”.
A princípio a operação deve permanecer na região até o mês de dezembro, mas segundo Paraguassu este prazo não é totalmente fechado. “A meta é marcar presença e efetivar o controle ao desmatamento, monitorar e fiscalizar toda a região noroeste do Estado”, afirma.
O grupo conta com monitoramento por imagens (geoprocessamento), helicóptero para fiscalização da aérea, a qual é completada por ação terrestre e pluvial. A região escolhida, segundo Paraguassu, foi detectada como estratégica para a ação do governo federal.
No mês de julho, a secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) realizou, na mesma região, uma operação visando coibir o desmatamento ilegal. Segundo informações, muita madeira estava sendo retirada de Colniza e Aripuanã, por Rondônia, com documentação falsa, onde seriam esquentadas. A assessoria de imprensa da Sema disse que divulga ainda hoje o resultado dos trabalhos. A operação do Ibama teve início após a operação da Sema.
Andréia Fontes